By Suzi;
A gente muda com o tempo. Nossos gostos e preferências são diferentes com o do tempo. Gostávamos de algumas coisas quando éramos crianças, depois gostamos de outras na adolescência e, claro, vamos continuar mudando com o passar do tempo. Mas tem uma coisa que não sai da nossa cabeça! Aquela música, daquela banda bem ruim que você não faz a mínima ideia do porquê de gostar dela... E apesar delas serem tão ruins como algumas músicas atuais, você ainda acha que apesar de tudo elas eram realmente boas.
Para entender esta contradição, é preciso olhar profundamente o assunto e a química do nosso cérebro pode ajudar com isto. Neurocientistas e psicólogos parecem ter encontrado a resposta para isto ao observar que estas músicas que nos tocaram quando jovens apresentam um apelo emocional desproporcionalmente grande comparado àquelas que iremos descobrir quando mais velhos.
Nostalgia musical não é apenas um fenômeno cultural, mas tem base fisiológica e até um nome: comando neural. Este processo é relativamente novo. Na década de 50, alguns pesquisadores encontraram evidências que um neurônio ou um grupo com poucas células nervosas é capaz de centralizar as tomadas de ação exteriores e são estes neurônios que criariam a realidade que vivemos.
Mas antes, vamos voltar para a música e como ela afeta o nosso cérebro. Além do amor e as drogas, nada é mais poderoso para criar emoções em um ser humano do que a música. A música é baseada em ritmo e harmonia e isto facilita o trabalho do nosso cérebro. Músicas podem ser dançadas ou as canções podem nos emocionar pela história que contam. Assim, a nossa relação com a música é capaz de disparar em nosso cérebro uma infinidade de moléculas responsáveis pela sensação do bem estar. Porém isto não é tudo, estas moléculas também ajudam no processo de memorização. Por isto a música é tão poderosa e dá recompensas muito satisfatórias para o nosso cérebro através de uma descarga de dopamina, serotonina, oxitocina e outros neurotransmissores que nos fazem sentir bem.
As idades que compreendem o nosso 12º e 22º ano de vida são as formadoras especiais do nosso cérebro. Nesta época há um rápido desenvolvimento dos neurônios, que começam a fazer diversas conexões que ao fim deste período vão desacelerar. Além disso, é nesta época que as pessoas começam a ganhar sua independência social, começam a descobrir coisas por conta própria e a criar vínculos. E a música tem um papel muito importante neste desenvolvimento. Através da música fazemos amizades, conhecemos coisas que nós mesmos descobrimos e isto aumenta a satisfação que vai perdurar para o resto das nossas vidas.
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