By Suzi,
Galera vcs já escutaram quando uma pessoa amputa um membro e continua sentindo ele, muita doideira, mas nosso cérebro é simplismente uma máquina perfeita, veja o que acontece realmente:
A sensação do membro fantasma é um fenômeno que acomete pacientes
submetidos à amputação de qualquer um dos membros, e essa sensação pode ser
acompanhada ou não de dor. Na maioria dos casos, o membro fantasma possui o
mesmo tamanho, forma e postura que o membro amputado apresentava no
pré-operatório, podendo, em até 20% dos casos, evoluir com redução progressiva
do tamanho do membro. Esse fenômeno é denominado telescopagem.
Independente da causa que motivou a amputação, até 80% dos
pacientes apresentam dor no membro fantasma, o que pode ocupar uma postura
anormal ou anatomicamente impossível. O impacto da dor fantasma extrapola o
causado pela amputação em si ou da presença da sensação fantasma. A dor é em
geral incapacitante e está usualmente associada à síndrome dolorosa miofascial
na musculatura próxima da região amputada.
O tratamento dessa síndrome dolorosa é baseado no manuseio
farmacológico e no tratamento dos aspectos físico, psicológico e comportamental
do paciente. A intervenção cirúrgica pode ser utilizada, sendo geralmente
direcionada para o tratamento do neuroma do coto de amputação. No que concerne
o tratamento farmacológico, são utilizados analgésicos não opioides,
antidepressivos tricíclicos (ou inibidores duais), neurolépticos,
anticonvulsivantes, opioides, bloqueadores neuromusculares, cetamina e
capsaicina.
O cérebro humano possui um mapa corporal definido, cada parte do
corpo tem uma localização específica no cérebro. Esse mapa é conhecido como
homúnculo, temos um mapa motor e outro sensitivo. Um membro recebe instruções
motoras do cérebro através da medula e dos nervos, da mesma forma que comunica
questões sensitivas ao cérebro pelos nervos e pela medula. A perda do membro
não destrói integralmente esse caminho neurológico, o cérebro enxerga
visualmente que o braço não está lá, mas recebe informações sensoriais que
viriam daquele sítio. Para agravar ainda mais a condição o cérebro está
recheado de memórias prévias a amputação e a pessoa pode até sonhar com o
membro íntegro.
“É como esse
desconectássemos uma impressora do computador cortando seus fios. Para o
computador, a impressora continua instalada e sua porta de entrada, ocupada.
Por isso ele continuará tentando utilizá-la, o que gerará mensagens de erro.”
Com relação aos sintomas, o paciente amputado pode perceber
continuamente como se o membro estivesse lá. Alguns referem o sintoma apenas de
vez em quando. Uns descrevem como se o membro estivesse parado, estático,
muitas vezes na posição que estava na hora da perda, enquanto outros descrevem
até sensação de movimento. Podem ocorrer reflexos como tentar retirar o membro
inexistente quando algo passa perto ou algum desconforto quando se coloca em
posição que pudesse causar dano ao membro.
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