segunda-feira, 24 de novembro de 2014

A SENSAÇÃO DO MEMBRO FANTASMA EM PESSOAS COM AMPUTAÇÃO DE MEMBROS.....

By Suzi,

Galera vcs já escutaram quando uma pessoa amputa um membro e continua sentindo ele, muita doideira, mas nosso cérebro é simplismente uma máquina perfeita, veja o que acontece realmente:



A sensação do membro fantasma é um fenômeno que acomete pacientes submetidos à amputação de qualquer um dos membros, e essa sensação pode ser acompanhada ou não de dor. Na maioria dos casos, o membro fantasma possui o mesmo tamanho, forma e postura que o membro amputado apresentava no pré-operatório, podendo, em até 20% dos casos, evoluir com redução progressiva do tamanho do membro. Esse fenômeno é denominado telescopagem.
Independente da causa que motivou a amputação, até 80% dos pacientes apresentam dor no membro fantasma, o que pode ocupar uma postura anormal ou anatomicamente impossível. O impacto da dor fantasma extrapola o causado pela amputação em si ou da presença da sensação fantasma. A dor é em geral incapacitante e está usualmente associada à síndrome dolorosa miofascial na musculatura próxima da região amputada.

O tratamento dessa síndrome dolorosa é baseado no manuseio farmacológico e no tratamento dos aspectos físico, psicológico e comportamental do paciente. A intervenção cirúrgica pode ser utilizada, sendo geralmente direcionada para o tratamento do neuroma do coto de amputação. No que concerne o tratamento farmacológico, são utilizados analgésicos não opioides, antidepressivos tricíclicos (ou inibidores duais), neurolépticos, anticonvulsivantes, opioides, bloqueadores neuromusculares, cetamina e capsaicina.

O cérebro humano possui um mapa corporal definido, cada parte do corpo tem uma localização específica no cérebro. Esse mapa é conhecido como homúnculo, temos um mapa motor e outro sensitivo. Um membro recebe instruções motoras do cérebro através da medula e dos nervos, da mesma forma que comunica questões sensitivas ao cérebro pelos nervos e pela medula. A perda do membro não destrói integralmente esse caminho neurológico, o cérebro enxerga visualmente que o braço não está lá, mas recebe informações sensoriais que viriam daquele sítio. Para agravar ainda mais a condição o cérebro está recheado de memórias prévias a amputação e a pessoa pode até sonhar com o membro íntegro.

“É como esse desconectássemos uma impressora do computador cortando seus fios. Para o computador, a impressora continua instalada e sua porta de entrada, ocupada. Por isso ele continuará tentando utilizá-la, o que gerará mensagens de erro.” 
Com relação aos sintomas, o paciente amputado pode perceber continuamente como se o membro estivesse lá. Alguns referem o sintoma apenas de vez em quando. Uns descrevem como se o membro estivesse parado, estático, muitas vezes na posição que estava na hora da perda, enquanto outros descrevem até sensação de movimento. Podem ocorrer reflexos como tentar retirar o membro inexistente quando algo passa perto ou algum desconforto quando se coloca em posição que pudesse causar dano ao membro.

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