Por Karen Hopkin
As leveduras já participam da produção de algumas das substâncias analgésicas mais populares do mundo: cerveja e vinho. Agora, cientistas criaram geneticamente uma variedade capaz de produzir um dos analgésicos mais potentes que existem: a morfina.
O trabalho, por Kate Thodey, Stephanie Galanie e Christina D. Smolke, intitulado A microbial biomanufacturing platform for natural and semisynthetic opioids ( “Uma plataforma de biomanufatura microbial para opioides naturais e semissintéticos”, em tradução literal), foi divulgado na publicação científica Nature Chemical Biology.
Opioides como morfina e codeína são essenciais para tratar dores severas. Mas produzir esses medicamentos não é fácil. Todos são derivados da papoula (Papaver somniferum) e são necessárias de dezenas a centenas de milhares de toneladas para atender às necessidades globais.
Essas plantações também podem ser afetadas pelo clima, por doenças e até pelos tumultos políticos nos países onde as plantas são cultivadas, o que limita ainda mais a produção comercial.
Para contornar esses potenciais desafios, pesquisadores se voltaram para a levedura, um organismo (fungo) unicelular que pode ser cultivado em escalas industriais.
Cientistas inseriram em células de levedura alguns genes isolados da chamada papoula do ópio, que codificam as enzimas que as plantas usam para produzir opiáceos. Depois de manipularem o sistema para ajustar as quantidades relativas das enzimas, os pesquisadores conseguiram alimentar sua levedura com uma substância química precursora chamada tebaína, ou paramorfina, e obter morfina pura em troca.
As leveduras já participam da produção de algumas das substâncias analgésicas mais populares do mundo: cerveja e vinho. Agora, cientistas criaram geneticamente uma variedade capaz de produzir um dos analgésicos mais potentes que existem: a morfina.
O trabalho, por Kate Thodey, Stephanie Galanie e Christina D. Smolke, intitulado A microbial biomanufacturing platform for natural and semisynthetic opioids ( “Uma plataforma de biomanufatura microbial para opioides naturais e semissintéticos”, em tradução literal), foi divulgado na publicação científica Nature Chemical Biology.
Opioides como morfina e codeína são essenciais para tratar dores severas. Mas produzir esses medicamentos não é fácil. Todos são derivados da papoula (Papaver somniferum) e são necessárias de dezenas a centenas de milhares de toneladas para atender às necessidades globais.
Essas plantações também podem ser afetadas pelo clima, por doenças e até pelos tumultos políticos nos países onde as plantas são cultivadas, o que limita ainda mais a produção comercial.
Para contornar esses potenciais desafios, pesquisadores se voltaram para a levedura, um organismo (fungo) unicelular que pode ser cultivado em escalas industriais.
Cientistas inseriram em células de levedura alguns genes isolados da chamada papoula do ópio, que codificam as enzimas que as plantas usam para produzir opiáceos. Depois de manipularem o sistema para ajustar as quantidades relativas das enzimas, os pesquisadores conseguiram alimentar sua levedura com uma substância química precursora chamada tebaína, ou paramorfina, e obter morfina pura em troca.
As leveduras ainda não produzem opiáceos do zero. Mas com um pouco mais de esforço e mais algumas enzimas, elas podem produzir potentes analgésicos de tarja preta (ou seja, medicamentos que requerem, obrigatoriamente, receita médica controlada).
[O texto acima é uma transcrição do podcast 60 Second Science da Scientific American.]
[A Scientific American faz parte do Nature Publishing Group.]
Sciam 29 de setembro de 2014
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