terça-feira, 2 de dezembro de 2014

DIETA SEM PROTEINA PODE SER OPÇÃO SAUDÁVEL!!!!!!!

By Suzi,

Seguir uma alimentação sem carne, ovo ou laticínios pode trazer mais vitalidade e saúde e, até mesmo, ajudar a prevenir o envelhecimento precoce. Mas é preciso fazer as substituições necessárias para evitar carências nutricionais, como as de vitamina B12 e proteína.

De acordo com a Associação Dietética Americana, comer pouca carne ou excluí-la do cardápio reduz as chances de uma série de doenças, como certos tipos de câncer, diverticulite e pedra nos rins.
O que nem todos sabem é que há vários tipos de vegetarianismo, desde o mais conhecido, que só restringe a carne vermelha, até o que elimina das refeições qualquer produto de origem animal, como ovos, leite e mel. As correntes dessa alimentação são cheias de possibilidades, mas é preciso orientação profissional na hora de adotar um cardápio vegetariano.
A nutricionista Paula Castilho diz que é comum as pessoas simplesmente cortarem das refeições produtos de origem animal e se esquecerem de introduzir outros alimentos.
A especialista lembra que não basta comer frutas e saladas. É necessário, primeiro, avaliar a alimentação para tentar diminuir a frequência dos produtos de origem animal e, ao mesmo tempo, incorporar alimentos nutritivos que não deixem o corpo sofrer com a carência de vitaminas. “O mais importante é fazer com que a dieta vegetariana seja natural e prazerosa. A redução da carne deve ser feita ao poucos, para que a adaptação do paladar aconteça de forma gradual”, ensina.
Para não ter deficiências de ferro ou vitamina B12, dois problemas comuns de uma dieta vegetariana desbalanceada, é necessário avaliar quais nutrientes estão sendo eliminados, de modo a substituí-los por equivalentes vegetais. O ômega 3, presente nos peixes de água gelada, responsável pelo bom funcionamento do sistema nervoso, pode ser encontrado nas sementes e na farinha da linhaça.

- Substituições inteligentes:
As proteínas presentes nos ovos e nas carnes podem ser substituídas pela combinação de cereais com leguminosas, como arroz com feijão, lentilha ou grão de bico. “O nosso tradicional arroz com feijão é uma dupla perfeita quando o objetivo é equilibrar a proteína. Se o arroz for do tipo ‘sete grãos’, o cardápio torna-se mais nutritivo”, diz Paula Castilho.
A nutróloga Flávia Teixeira sugere a inclusão de castanhas e sementes oleaginosas, consideradas ‘superalimentos’ para os vegetarianos. “Além de conterem ácidos graxos essenciais, são fontes de proteína e cálcio”, ensina.
Outras excelentes fontes de proteínas são a quinua e o amaranto, que podem compor muitos pratos. O vegetariano saudável completa o cardápio com sementes, grãos integrais, derivados da soja, óleos vegetais, como o de oliva, saladas e frutas frescas.
A combinação de frutas cítricas como laranja, limão, tangerina e acerola, ricas em vitamina C, ajuda a absorver melhor o ferro presente nos alimentos. A vitamina B12 exige uma atenção maior, já que, por ser encontrada somente em produtos animais, pode precisar de suplementação em alguns tipos de vegetarianismo.
Paula Castilho frisa que as refeições devem ser ricas em nutrientes, e não apenas fontes de calorias. Para isso, dá algumas sugestões: “as batatas fritas podem ser trocadas por chips de banana ou maçã; vegetais enriquecem os sanduíches; em vez de doces, devem-se preferir castanhas. Um prato saudável é variado e colorido”, destaca.
A variedade evita carências vitamínicas. O feijão, por exemplo, é uma boa fonte de proteína e ferro, mas não pode ser a única, porque não oferece alguns outros nutrientes. Os laticínios são nossa maior fonte de cálcio. Portanto, quem dispensa leite e derivados pode compensar a falta desse mineral consumindo alimentos como milho, feijão, aveia, avelã, castanhas e vegetais verde-escuros. Já os ovos, ricos em proteína, podem ser substituídos pelos grãos e leguminosas.

-Erros comuns:
As nutricionistas alertam que a dieta vegetariana pode ser bastante calórica. Basta lembrar que é permitido consumir óleos, castanhas, massas, pizzas, chocolates, margarinas, pães e doces.
Uma das principais preocupações de quem segue o vegetarianismo deve ser uma possível deficiência de ferro, já que as carnes são suas principais fontes. Para driblar esse problema, o cardápio deve conter castanhas, amêndoas, nozes, frutas secas, sementes de gergelim ou de girassol – sempre acompanhadas de uma porção de vitamina C (uma laranja, uma mexerica ou um suco de limão, por exemplo), que potencializa a absorção do ferro.
A falta de proteínas, fornecidas pela carne de vaca, de frango e de peixe, pode causar problemas ósseos, fraqueza muscular, desânimo, calvície e até amenorreia – ausência da menstruação. A necessidade de proteína de um adulto é de 0,8 gramas por quilo. É só fazer o cálculo, com base no peso de cada um. Uma concha de feijão, por exemplo, tem 10 gramas de proteína, um copo de leite, 7,2 gramas, uma xícara de queijo cottage, 13 gramas e uma castanha de caju, 1,5 gramas. Segundo a nutricionista Perla Nogueira,  sete colheres de feijão ou seis colheres de grão de bico suprem a necessidade diária de proteína de um adulto.
A carência de vitamina B12, presente apenas em carnes, peixes, aves, ovos e leite, e responsável pela formação e o funcionamento do sistema nervoso, acomete mais quem exclui todo tipo de derivado de animais. “A saída para, essas pessoas, são os suplementos e os produtos fortificados, como cereais matinais enriquecidos com B12”, ensina Paula Castilho.
A nutricionista Perla Nogueira lembra que a deficiência de zinco, nutriente que ajuda a fortalecer o sistema imunológico, também é uma questão comum. E dá uma informação importante: “Nas refeições ricas em ferro e zinco, devem ser evitados alimentos com alto teor de cálcio, pois esse mineral compete com eles na absorção”, ensina. Como boa opção para vegetarianos, ela sugere as bebidas vegetais, à base de soja, arroz ou amêndoas, fortificadas com vitaminas.
Uma alimentação rica e variada é fundamental para a saúde. O vegetarianismo pode ser uma opção saudável, desde que sejam feitas as compensações nutricionais adequadas, sob orientação de um profissional.

-Tipos de vegetarianismo:
  
-Semivegetarianismo:
pode consistir na exclusão apenas da carne de mamíferos e abranger as carnes brancas, ou excluir também a carne de aves, mas incluindo peixes e/ou frutos do mar (pescetarianismo)

-Ovolactovegetarianismo:
dieta composta por alimentos de origem vegetal, ovos, leite e derivados deles. Exclui somente a carne, de qualquer tipo.

-Lactovegetarianismo:
dieta composta por alimentos de origem vegetal, leite e seus derivados. Não admite ovos nem qualquer tipo de carne. É a dieta tradicional da população indiana

-Ovovegetarianismo:
inclui apenas alimentos de origem vegetal e ovos.  Exclui produtos lácteos e seus derivados e carne.

-Vegetarianismo semiestrito:
exclui quase todos os alimentos de origem animal. Inclui somente o mel

-Vegetarianismo estrito:
também chamado de vegetarianismo verdadeiro ou vegano, exclui todos os produtos de origem animal. Vegetarianos estritos não comem qualquer tipo de carne, ovos, laticínios, mel, etc.

Fonte: Paula Castilho, nutricionista


Consultoras: Flávia Teixeira, nutróloga do Espaço Stella Torreão, Paula Castilho, nutricionista, e Perla Nogueira, nutricionista do Espaço Nutriente

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